Décimo capitulo de Tatakau no Yume.
O sol nasce outra vez, e as esperanças de todos na vila de Gi também. Kyo tinha o poder para trazer de volta o Bushido para o Japão. A sua demonstração de poder perante Chuu e Jin, teve conseqüências para os dois guerreiros, ambos descansavam das feridas causadas na batalha. Enquanto isso Chinsaku conversava com Kyo.
- Incrível. Você acabou com dois dos guerreiros do código facilmente. Falou Chinsaku.
- Eu sou capaz de mais. Só apenas me segurei para não acabar com essa vila e assustar os moradores. Falou Kyo.
- Entendo. Obrigado por poupar a nossa vila. E agora qual será o plano? Você já tem algum plano em mente? Perguntou Chinsaku.
- Chegou à hora do Japão saber quem somos. Então vamos apenas destruir a fortaleza e salvar nossos companheiros.
Chinsaku olha para Kyo e se lembra de seu irmão. A aparência não é a mesma, mas a sede por conquista é igual.
- Chinsaku –san. Falou Kyo.
- Err, sim, fale. Respondeu Chinsaku.
- Vou precisar do exercito de Gi para essa batalha também. Eu, Jin e Chuu somos fortes, mas precisamos de reforços também. Pediu Kyo.
- Sim. Pode deixar, o exercito de Izuka ira ajudar. Respondeu Chinsaku.
Após essa reunião Kyo e foi conhecer a vila conhecer cada lugar desse lugar que para ele significava muito, pois era a vila de Gi.
Enquanto Kyo se prepara para a batalha. Na fortaleza inimiga, Kyosuke conversa com Higen.
- Aikawa não voltou. Falou Higen.
- Da para se perceber não? Respondeu Kyosuke.
- Será que ele foi derrotado pela garota? Perguntou Higen.
- Pode ser que sim, pode ser que não. O importante agora é: Planejar a execução dos guerreiros.
- Não vai esperar ter todos em suas mãos, Kyosuke – daisho? Perguntou Higen.
- Não meu caro, não. Estou com um pressentimento de que vai acontecer algo. Os outros dois, nos capturamos depois. Falou Kyosuke.
Higen fica pensando. Porque Kyosuke quer antecipar a execução sabendo que o seu desejo era acabar com todos os sete de uma vez.
- Higen mande os soldados prepararem a execução. Amanhã iremos acabar com isso. Ordenou Kyosuke.
- Sim Kyosuke – daisho. Obedeceu Higen.
No calabouço os guerreiros estavam apreensivos. Quando iria chegar o resgate?
- Bem, Yuu. Onde está a pessoa que você disse que iria nos salvar? Perguntou Gi.
- Eu não sei irmão. Jin deve estar com ele. Respondeu Yuu.
- Parece que há nossa hora chegou, e não temos saída, parece que é o nosso fim. Falou Rei.
- Não se preocupem. Kyo vem nos salvar eu tenho certeza. Falou Meiyo para todos.
- Como você tem tanta certeza disso Meiyo? Perguntou Gi.
- Ele é a pessoa que está acima da gente, ele não possui nenhuma virtude, por isso ele é o escolhido Irmão. Respondeu Meiyo.
- Então ele deve estar com Tozan – sama. Falou Rei.
- Está sim e segundo Jin, ele possui uma força incrível. Respondeu Yuu.
A conversa entre eles foi interrompida quando os soldados desceram para lhe darem as noticias.
- A estadia de vocês acabará amanhã. Falou um dos soldados.
- Quer dizer que irão nos soltar? Perguntou Yuu.
- Não seu idiota, ele foi sarcástico na resposta não está vendo que a gente vai morrer. Gritou Rei.
- Pelo visto você tem energia suficiente para gritar?
Todos olharam para as escadas. Era Kyosuke que tinha perguntado isso para Rei.
- Claro que tenho. E o suficiente para arrancar esse seu sorriso seboso da sua cara. Falou Rei.
- Minha jovem você não terá esse bel prazer de fazer isso porque amanhã você estará amarrada numa corda e perdendo a sua respiração aos poucos.
Rei ficou assustada com a resposta de Kyosuke, mas o silêncio foi interrompido por uma pessoa.
- Quer dizer que morreremos amanhã? Perguntou Makoto
- Exatamente. Eu até poderia poupar a sua vida, já que você foi de grande valia para o sucesso da minha vitoria, mas creio eu que família unida morre unida também. Respondeu Kyosuke.
Ele andou até a cela de Meiyo e continuou a sua fala.
- É uma pena que pessoas como você irão morrer, mas para que você não sofra tanto, você irá primeiro. Falou Kyosuke para Meiyo.
- Eu agradeço pela oferta, mas ficarei feliz mesmo quando eu olhar o seu sangue sendo derramado no chão. Falou Meiyo.
- Você tem muita esperança sabia. Pena que você não pode recitar palavras tão lindas ao invés de falar de sangue e morte. Falou Kyosuke.
- Kyosuke eu vou te fazer uma pergunta? Por que você tem tanta confiança em si mesmo? Perguntou Gi.
- Bem, como eu posso te explicar. Eu sou aquele que conquistou tudo e a todos. Nunca sofri por causa de uma derrota, realmente nasci com esse dom. Por isso amanhã irei olhar com muito prazer à morte de vocês. Para que esse mundo continue avançando e que as pessoas parem de se iludir com palavras jogadas ao vento, coisa que vocês estão fazendo. Falou Kyosuke.
- Nossas palavras nunca serão jogadas ao vento, em nome do código que existe ainda nesse país eu digo que o Japão será mudado sim. E com as nossas mãos sairemos com a vitória. Falou Gi.
- Isso é um desafio? Perguntou Kyosuke.
- Claro que não. Esse é o destino desse país, escolher de que maneira a justiça será implantada. E você vai ver que o mundo não gira em torno de si, mas sim da verdadeira justiça. Falou Gi.
Kyosuke encarou Gi. Parecia que os dois estavam travando um duelo só com a troca de olhares.
- Está bem, vamos ver quem vai vencer. Qual das justiças será a vencedora? Uma pena que você não estará vivo para ver isso. Falou Kyosuke.
- Não será preciso. Sou apenas um instrumento daquela que a verdadeira palavra. Falou Gi.
Kyosuke não agüentava ouvir mais aquela conversa e saiu do calabouço junto com os soldados. Mas ali dentro as palavras de Gi não só serviram de consolo, mas sim de esperança pelo resgate.
- Mesmo prestes a morrer. Você ainda vence as suas batalhas irmão. Falou Rei.
- Você é demais. Sinto a minha força voltando aos poucos. Obrigado irmão. Falou Yuu emocionado.
- Guarde as suas palavras para o final Chuu. Ambos sairemos dessa. Falou Gi.
Makoto e Meiyo apenas olhavam para Gi o admirando. O quanto era poderoso não só em batalha, mas também nas palavras. De volta à vila. Chuu e Jin já estavam recuperados dos ferimentos causados por Kyo. Era uma noite estrelada e todos estavam jantando do lado de fora. Nem parecia que amanhã era o dia da batalha final; todos rindo, comendo e bebendo como se fosse uma festa.
- Finalmente acordaram vamos sentem-se. Chamou Chinsaku.
- Para que tudo isso. Ganhamos algo? Perguntou Chuu.
- Kyo – san deu a idéia de jantarmos ao ar livre. Isso é uma forma de motivar todos aqueles que vão para a luta amanhã. Falou Chinsaku.
- Quer dizer que é amanhã? Perguntou Jin.
- Exatamente.
Kyo chegou e ofereceu algo para os dois comerem.
- Partiremos amanhã, espero que vocês estejam bem? Perguntou Kyo.
- Estamos sim. Falou Chuu com a boca cheia de comida.
- Hei. É falta de educação falar com a boca cheia. Reclamou Jin.
- Desculpe. Falou Chuu.
- Calma pessoal, isso não é hora de brigar. Mirae traga mais. Pediu Kyo.
Enquanto todos se divertiam, até Jin estava descontraído com todo. Mirae sentou do lado de Kyo e os dois começaram a conversar.
- Há quanto tempo eu não via uma festa assim. Falou Mirae.
- Você já participou de festas assim? Perguntou Kyo.
- Claro. A pensão sempre tinha isso. Hospedes se enchendo de bebida, crianças correndo nos corredores. Tudo isso era divertido. Respondeu Mirae.
- Como assim era? Perguntou novamente Kyo.
- Hoje estamos vivendo uma guerra, e eu não sei se terá um fim. Por isso que momentos como esse tem que ser vividos intensamente, como se fosse o último dia. Respondeu Mirae.
- E se eu te disser que dias como esse você ira viver intensamente todos os dias de sua vida? Perguntou Kyo.
- Como isso ira acontecer? Perguntou Mirae.
- Eu vou vencer essa guerra e tudo isso que você quer irá acontecer. Respondeu Kyo.
- Tem certeza Kyo? Só irão alguns soldados, mais você Jin e Chuu. Como tem tanta certeza de uma vitória? Perguntou Mirae.
- Se lembra que, eu fiz uma promessa com o meu sangue na frente de todos vocês? Então chegou a hora dessa promessa virar realidade. Respondeu Kyo.
Houve um silêncio entre os dois, somente uma troca de olhares. Kyo e Mirae nunca estavam se dando tão bem assim. Até que ela falou.
- Então eu irei aguardar, e que esse desejo se realize.
- Vai se realizar sim. Falou Kyo.
Um clima rolava entre os dois quando Kyo ia fazer alguma coisa foi interrompido por Chuu.
- Kyo! As crianças estão chamando a gente, venha. Chamou Chuu.
Kyo teve seu braço puxado por Chuu e foi em direção a um grupo de crianças que estavam pedindo que os brincassem com elas. Mirae olhava aquilo com um pouco de lamentação, mas naquele momento ela tinha entendido o que Chinsaku tinha lhe dito naquela noite. De que todos tinham um motivo para estar nessa guerra, e ela finalmente tinha achado. Aos poucos todos iam se retirando e indo para suas casas. Enquanto Jin, Chuu e Chisaku foram para dentro da casa. Kyo decidiu dormir por ali mesmo, queria estar em contato com a natureza, sentir a energia que rondava aquele lugar não demorou muito e ele adormeceu. Kyo foi acordado com o barulho dos ferreiros que faziam as espadas para os outros guerreiros, logo então se dirigiu para dentro da casa e foi logo chamado por Chinsaku.
- Venha comigo Kyo – san, por favor. Chamou Chinsaku.
Os dois entraram na sala onde estava a armadura do pai de Gi. Chinsaku chegou perto dela e disse:
- Essa era a armadura que o pai de Izuka usava em suas batalhas. Esperávamos que ele a usasse, mas como ele foi capturado então eu lhe peço que a use Kyo-san.
- Eu não posso usar isso. É uma armadura de sua família o único que pode usar é Gi. Falou Kyo.
- Kyo – san. A forma que se expressou na luta contra Chuu e Jin. Me fez lembrar Izuka. Você não pode ser da família, mas essa armadura aqui só foi usada por homens que tinham o senso de justiça incrível. Com certeza o pai de Izuka ficará honrado se você a vestir. Falou Chinsaku.
Kyo olhou para a armadura e imaginava as batalhas que o pai de Gi travou a usando. E que somente os verdadeiros guerreiros a usavam.
- Chinsaku, com muito prazer e honra, irei usar a armadura do pai de Gi. Falou Kyo.
Com um enorme sorriso em seu rosto, Chinsaku desejou boa sorte na luta e saiu. Kyo agradeceu e olhou para armadura novamente e falou:
- E agora como eu faço para vestir isso?
- Não se preocupe eu faço isso para você.
Kyo olhou para trás e viu Mirae parada na porta.
- Deixe-me ter a honra de vestir a armadura em um grande guerreiro. Pediu Mirae.
- Claro. Respondeu Kyo.
- Então, vá lá para cima e tome um banho, não se pode vestir ela sem pelo menos estar limpo. Falou Mirae.
- Está bem. Falou Kyo.
Kyo foi para uma das termas tomou o seu banho. Ao voltar para o quarto. Encontrou Mirae que estava a sua espera.
- Bem primeiro tenho que me enxugar. Falou Kyo.
- Não. Deixe comigo. Pediu Mirae.
Mirae se levantou e foi em direção a Kyo. Ela tirou a toalha que estava amarrada em seu corpo e começou a enxugar o corpo dele,depois ela pegou o kimono preto e o vestiu. E por fim a armadura, depois de colocar ela em Kyo. Mirae o abraçou por trás e disse algo em seu ouvido:
- Eu finalmente achei o motivo de eu estar participando disso tudo.
- E o que seria esse motivo? Perguntou Kyo.
- De estar ao seu lado sempre. Falou Mirae.
- Se isso é um sonho ou não quero que não tire as suas mãos de meu corpo. Pediu Kyo.
- Se isso fosse realmente um sonho. Eu não faria isso.
Os dois se beijaram por um tempo. Naquele instante Kyo não pensava em guerras, mas sim de estar ao lado de Mirae e que vivessem aquele momento intensamente até o fim.
- Agora vá. Eu estarei esperando você aqui. Falou Mirae.
Kyo não encontrou palavras para falar para Mirae apenas a beijou novamente e desceu as escadas. Ao abrir a porta principal viu todos os moradores da vila o olhando. Ele viu Chuu e Jin ali do lado dele o esperando e ao olhar para os dois, ambos lhe deram um aceno com a cabeça. Ele fechou os olhos e imaginou aquele momento, todos esperando à hora do herói partir para batalha, mas antes disso ele disse:
- Agradeço a todos por estarem aqui. Fico realmente feliz por estar participando de um evento de tamanha importância que será essa batalha, também gostaria de dizer que eu estive enganado. Pensei que tudo isso não passava de uma grande farsa, mas ao passar pela minha provação e de realmente saber de que isso é real o meu pensamento mudou. Junto com vocês vamos dar o primeiro passo para que o Japão saiba quem nos somos, e que os olhos daquelas pessoas que não acreditam que o Bushido não existe que se abram e que vivam ele. Para que não só um Japão melhor, mas sim um mundo... O CÓDIGO SERÁ REESTABELECIDO!!!
- Incrível. Você acabou com dois dos guerreiros do código facilmente. Falou Chinsaku.
- Eu sou capaz de mais. Só apenas me segurei para não acabar com essa vila e assustar os moradores. Falou Kyo.
- Entendo. Obrigado por poupar a nossa vila. E agora qual será o plano? Você já tem algum plano em mente? Perguntou Chinsaku.
- Chegou à hora do Japão saber quem somos. Então vamos apenas destruir a fortaleza e salvar nossos companheiros.
Chinsaku olha para Kyo e se lembra de seu irmão. A aparência não é a mesma, mas a sede por conquista é igual.
- Chinsaku –san. Falou Kyo.
- Err, sim, fale. Respondeu Chinsaku.
- Vou precisar do exercito de Gi para essa batalha também. Eu, Jin e Chuu somos fortes, mas precisamos de reforços também. Pediu Kyo.
- Sim. Pode deixar, o exercito de Izuka ira ajudar. Respondeu Chinsaku.
Após essa reunião Kyo e foi conhecer a vila conhecer cada lugar desse lugar que para ele significava muito, pois era a vila de Gi.
Enquanto Kyo se prepara para a batalha. Na fortaleza inimiga, Kyosuke conversa com Higen.
- Aikawa não voltou. Falou Higen.
- Da para se perceber não? Respondeu Kyosuke.
- Será que ele foi derrotado pela garota? Perguntou Higen.
- Pode ser que sim, pode ser que não. O importante agora é: Planejar a execução dos guerreiros.
- Não vai esperar ter todos em suas mãos, Kyosuke – daisho? Perguntou Higen.
- Não meu caro, não. Estou com um pressentimento de que vai acontecer algo. Os outros dois, nos capturamos depois. Falou Kyosuke.
Higen fica pensando. Porque Kyosuke quer antecipar a execução sabendo que o seu desejo era acabar com todos os sete de uma vez.
- Higen mande os soldados prepararem a execução. Amanhã iremos acabar com isso. Ordenou Kyosuke.
- Sim Kyosuke – daisho. Obedeceu Higen.
No calabouço os guerreiros estavam apreensivos. Quando iria chegar o resgate?
- Bem, Yuu. Onde está a pessoa que você disse que iria nos salvar? Perguntou Gi.
- Eu não sei irmão. Jin deve estar com ele. Respondeu Yuu.
- Parece que há nossa hora chegou, e não temos saída, parece que é o nosso fim. Falou Rei.
- Não se preocupem. Kyo vem nos salvar eu tenho certeza. Falou Meiyo para todos.
- Como você tem tanta certeza disso Meiyo? Perguntou Gi.
- Ele é a pessoa que está acima da gente, ele não possui nenhuma virtude, por isso ele é o escolhido Irmão. Respondeu Meiyo.
- Então ele deve estar com Tozan – sama. Falou Rei.
- Está sim e segundo Jin, ele possui uma força incrível. Respondeu Yuu.
A conversa entre eles foi interrompida quando os soldados desceram para lhe darem as noticias.
- A estadia de vocês acabará amanhã. Falou um dos soldados.
- Quer dizer que irão nos soltar? Perguntou Yuu.
- Não seu idiota, ele foi sarcástico na resposta não está vendo que a gente vai morrer. Gritou Rei.
- Pelo visto você tem energia suficiente para gritar?
Todos olharam para as escadas. Era Kyosuke que tinha perguntado isso para Rei.
- Claro que tenho. E o suficiente para arrancar esse seu sorriso seboso da sua cara. Falou Rei.
- Minha jovem você não terá esse bel prazer de fazer isso porque amanhã você estará amarrada numa corda e perdendo a sua respiração aos poucos.
Rei ficou assustada com a resposta de Kyosuke, mas o silêncio foi interrompido por uma pessoa.
- Quer dizer que morreremos amanhã? Perguntou Makoto
- Exatamente. Eu até poderia poupar a sua vida, já que você foi de grande valia para o sucesso da minha vitoria, mas creio eu que família unida morre unida também. Respondeu Kyosuke.
Ele andou até a cela de Meiyo e continuou a sua fala.
- É uma pena que pessoas como você irão morrer, mas para que você não sofra tanto, você irá primeiro. Falou Kyosuke para Meiyo.
- Eu agradeço pela oferta, mas ficarei feliz mesmo quando eu olhar o seu sangue sendo derramado no chão. Falou Meiyo.
- Você tem muita esperança sabia. Pena que você não pode recitar palavras tão lindas ao invés de falar de sangue e morte. Falou Kyosuke.
- Kyosuke eu vou te fazer uma pergunta? Por que você tem tanta confiança em si mesmo? Perguntou Gi.
- Bem, como eu posso te explicar. Eu sou aquele que conquistou tudo e a todos. Nunca sofri por causa de uma derrota, realmente nasci com esse dom. Por isso amanhã irei olhar com muito prazer à morte de vocês. Para que esse mundo continue avançando e que as pessoas parem de se iludir com palavras jogadas ao vento, coisa que vocês estão fazendo. Falou Kyosuke.
- Nossas palavras nunca serão jogadas ao vento, em nome do código que existe ainda nesse país eu digo que o Japão será mudado sim. E com as nossas mãos sairemos com a vitória. Falou Gi.
- Isso é um desafio? Perguntou Kyosuke.
- Claro que não. Esse é o destino desse país, escolher de que maneira a justiça será implantada. E você vai ver que o mundo não gira em torno de si, mas sim da verdadeira justiça. Falou Gi.
Kyosuke encarou Gi. Parecia que os dois estavam travando um duelo só com a troca de olhares.
- Está bem, vamos ver quem vai vencer. Qual das justiças será a vencedora? Uma pena que você não estará vivo para ver isso. Falou Kyosuke.
- Não será preciso. Sou apenas um instrumento daquela que a verdadeira palavra. Falou Gi.
Kyosuke não agüentava ouvir mais aquela conversa e saiu do calabouço junto com os soldados. Mas ali dentro as palavras de Gi não só serviram de consolo, mas sim de esperança pelo resgate.
- Mesmo prestes a morrer. Você ainda vence as suas batalhas irmão. Falou Rei.
- Você é demais. Sinto a minha força voltando aos poucos. Obrigado irmão. Falou Yuu emocionado.
- Guarde as suas palavras para o final Chuu. Ambos sairemos dessa. Falou Gi.
Makoto e Meiyo apenas olhavam para Gi o admirando. O quanto era poderoso não só em batalha, mas também nas palavras. De volta à vila. Chuu e Jin já estavam recuperados dos ferimentos causados por Kyo. Era uma noite estrelada e todos estavam jantando do lado de fora. Nem parecia que amanhã era o dia da batalha final; todos rindo, comendo e bebendo como se fosse uma festa.
- Finalmente acordaram vamos sentem-se. Chamou Chinsaku.
- Para que tudo isso. Ganhamos algo? Perguntou Chuu.
- Kyo – san deu a idéia de jantarmos ao ar livre. Isso é uma forma de motivar todos aqueles que vão para a luta amanhã. Falou Chinsaku.
- Quer dizer que é amanhã? Perguntou Jin.
- Exatamente.
Kyo chegou e ofereceu algo para os dois comerem.
- Partiremos amanhã, espero que vocês estejam bem? Perguntou Kyo.
- Estamos sim. Falou Chuu com a boca cheia de comida.
- Hei. É falta de educação falar com a boca cheia. Reclamou Jin.
- Desculpe. Falou Chuu.
- Calma pessoal, isso não é hora de brigar. Mirae traga mais. Pediu Kyo.
Enquanto todos se divertiam, até Jin estava descontraído com todo. Mirae sentou do lado de Kyo e os dois começaram a conversar.
- Há quanto tempo eu não via uma festa assim. Falou Mirae.
- Você já participou de festas assim? Perguntou Kyo.
- Claro. A pensão sempre tinha isso. Hospedes se enchendo de bebida, crianças correndo nos corredores. Tudo isso era divertido. Respondeu Mirae.
- Como assim era? Perguntou novamente Kyo.
- Hoje estamos vivendo uma guerra, e eu não sei se terá um fim. Por isso que momentos como esse tem que ser vividos intensamente, como se fosse o último dia. Respondeu Mirae.
- E se eu te disser que dias como esse você ira viver intensamente todos os dias de sua vida? Perguntou Kyo.
- Como isso ira acontecer? Perguntou Mirae.
- Eu vou vencer essa guerra e tudo isso que você quer irá acontecer. Respondeu Kyo.
- Tem certeza Kyo? Só irão alguns soldados, mais você Jin e Chuu. Como tem tanta certeza de uma vitória? Perguntou Mirae.
- Se lembra que, eu fiz uma promessa com o meu sangue na frente de todos vocês? Então chegou a hora dessa promessa virar realidade. Respondeu Kyo.
Houve um silêncio entre os dois, somente uma troca de olhares. Kyo e Mirae nunca estavam se dando tão bem assim. Até que ela falou.
- Então eu irei aguardar, e que esse desejo se realize.
- Vai se realizar sim. Falou Kyo.
Um clima rolava entre os dois quando Kyo ia fazer alguma coisa foi interrompido por Chuu.
- Kyo! As crianças estão chamando a gente, venha. Chamou Chuu.
Kyo teve seu braço puxado por Chuu e foi em direção a um grupo de crianças que estavam pedindo que os brincassem com elas. Mirae olhava aquilo com um pouco de lamentação, mas naquele momento ela tinha entendido o que Chinsaku tinha lhe dito naquela noite. De que todos tinham um motivo para estar nessa guerra, e ela finalmente tinha achado. Aos poucos todos iam se retirando e indo para suas casas. Enquanto Jin, Chuu e Chisaku foram para dentro da casa. Kyo decidiu dormir por ali mesmo, queria estar em contato com a natureza, sentir a energia que rondava aquele lugar não demorou muito e ele adormeceu. Kyo foi acordado com o barulho dos ferreiros que faziam as espadas para os outros guerreiros, logo então se dirigiu para dentro da casa e foi logo chamado por Chinsaku.
- Venha comigo Kyo – san, por favor. Chamou Chinsaku.
Os dois entraram na sala onde estava a armadura do pai de Gi. Chinsaku chegou perto dela e disse:
- Essa era a armadura que o pai de Izuka usava em suas batalhas. Esperávamos que ele a usasse, mas como ele foi capturado então eu lhe peço que a use Kyo-san.
- Eu não posso usar isso. É uma armadura de sua família o único que pode usar é Gi. Falou Kyo.
- Kyo – san. A forma que se expressou na luta contra Chuu e Jin. Me fez lembrar Izuka. Você não pode ser da família, mas essa armadura aqui só foi usada por homens que tinham o senso de justiça incrível. Com certeza o pai de Izuka ficará honrado se você a vestir. Falou Chinsaku.
Kyo olhou para a armadura e imaginava as batalhas que o pai de Gi travou a usando. E que somente os verdadeiros guerreiros a usavam.
- Chinsaku, com muito prazer e honra, irei usar a armadura do pai de Gi. Falou Kyo.
Com um enorme sorriso em seu rosto, Chinsaku desejou boa sorte na luta e saiu. Kyo agradeceu e olhou para armadura novamente e falou:
- E agora como eu faço para vestir isso?
- Não se preocupe eu faço isso para você.
Kyo olhou para trás e viu Mirae parada na porta.
- Deixe-me ter a honra de vestir a armadura em um grande guerreiro. Pediu Mirae.
- Claro. Respondeu Kyo.
- Então, vá lá para cima e tome um banho, não se pode vestir ela sem pelo menos estar limpo. Falou Mirae.
- Está bem. Falou Kyo.
Kyo foi para uma das termas tomou o seu banho. Ao voltar para o quarto. Encontrou Mirae que estava a sua espera.
- Bem primeiro tenho que me enxugar. Falou Kyo.
- Não. Deixe comigo. Pediu Mirae.
Mirae se levantou e foi em direção a Kyo. Ela tirou a toalha que estava amarrada em seu corpo e começou a enxugar o corpo dele,depois ela pegou o kimono preto e o vestiu. E por fim a armadura, depois de colocar ela em Kyo. Mirae o abraçou por trás e disse algo em seu ouvido:
- Eu finalmente achei o motivo de eu estar participando disso tudo.
- E o que seria esse motivo? Perguntou Kyo.
- De estar ao seu lado sempre. Falou Mirae.
- Se isso é um sonho ou não quero que não tire as suas mãos de meu corpo. Pediu Kyo.
- Se isso fosse realmente um sonho. Eu não faria isso.
Os dois se beijaram por um tempo. Naquele instante Kyo não pensava em guerras, mas sim de estar ao lado de Mirae e que vivessem aquele momento intensamente até o fim.
- Agora vá. Eu estarei esperando você aqui. Falou Mirae.
Kyo não encontrou palavras para falar para Mirae apenas a beijou novamente e desceu as escadas. Ao abrir a porta principal viu todos os moradores da vila o olhando. Ele viu Chuu e Jin ali do lado dele o esperando e ao olhar para os dois, ambos lhe deram um aceno com a cabeça. Ele fechou os olhos e imaginou aquele momento, todos esperando à hora do herói partir para batalha, mas antes disso ele disse:
- Agradeço a todos por estarem aqui. Fico realmente feliz por estar participando de um evento de tamanha importância que será essa batalha, também gostaria de dizer que eu estive enganado. Pensei que tudo isso não passava de uma grande farsa, mas ao passar pela minha provação e de realmente saber de que isso é real o meu pensamento mudou. Junto com vocês vamos dar o primeiro passo para que o Japão saiba quem nos somos, e que os olhos daquelas pessoas que não acreditam que o Bushido não existe que se abram e que vivam ele. Para que não só um Japão melhor, mas sim um mundo... O CÓDIGO SERÁ REESTABELECIDO!!!
Kyo tirou a sua espada e a levantou e com um grito de incentivo de todos. Desceu junto de Chuu e Jin e saíram na frente puxando a fila de guerreiros que iriam começar a trilhar um novo rumo na historia daquele país.Kyo e Mirae
Nenhum comentário:
Postar um comentário