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" O código será reestabelecido. "

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bushido - Tatakau no Yume

Contemplem a Fúria.
Oitavo capítulo de Tatakau no Yume.

Kyosuke olhava da sacada, o sucesso de sua vitoria. Quando os três já estavam cansados ele ordenou que os soldados os capturassem.

- É assim que se ganha uma guerra. Agora ninguém vai atrapalhar o avanço de um país. Falou Kyosuke.
- Mas, a outra guerreira escapou Daisho. Avisou Aikawa.
- Não tem problema, você irá comandar um pequeno pelotão e irá para o esconderijo e terminara o serviço. Ordenou Kyosuke.
- Sim Daisho.
- Bem, agora eu vou dormir. Boa noite para todos. Falou Kyosuke.

Higen e Aikawa se curvaram perante Kyosuke, que se dirigiu para o seu quarto. No calabouço, os três guerreiros do código foram trancafiados em uma cela, ambos exaustos e incrédulos com que tinha acontecido.

- Você nos traiu Makoto. Agora o Japão está nas mãos dele. Gritou Yuu.
- E ainda por cima. Deixou que eles usassem a sua virtude contra si mesmo. Falou Meiyo.
- Eu não queria fazer isso. Não queria atrapalhar o avanço de uma era. Falou Makoto.
- Como assim? Você está a favor deles é? Gritou Yuu.
- Para com essa briga agora todos vocês.

Uma voz foi ouvida na dentro da prisão, que fez com que ambos parecem de discutir. Era Gi que estava pondo um fim nessa discussão.

- Gi, você está vivo. Falou Yuu.
- Não se esqueçam de mim também.
- Rei que bom ouvir sua voz também. Falou Meiyo.

Com a exceção de Jin e Chuu os guerreiros estavam reunidos ali.

- Eu entendo a revolta de vocês, mas terão que concordar que o inimigo usou o nosso ponto fraco a favor dele. Então não culpem Makoto dessa maneira. Falou Gi.
- Mas irmão ele ousou nos atacar. Falou Yuu.
- Isso eu sei. Makoto eu sei que dentro de sua cabeça, a visão do mundo é totalmente diferente da que a nossa. E ousar atacar os seus irmãos. Isso é uma traição não só a nos como ao Bushido em si próprio.

As palavras de Gi foram o suficiente para que Makoto caísse em lagrimas e lamentasse pelo que tinha feito.

- E o que eu devo fazer irmão? Perguntou Makoto.
- Você tem que realmente saber qual caminho você quer trilhar de agora em diante. Falou Rei entrando na conversa.
- Rei tem razão. Faça isso que você irá achar o seu caminho. Falou Gi.

O ambiente antes tenso estava calmo. Makoto se calou e chorava em silêncio. Enquanto isso Gi perguntava pelos outros guerreiros a Meiyo.

- Onde está Jin e Chuu?
- Jin recuou. Deve ter voltado para o esconderijo ou indo direto se encontrar com Tozan – sama.
- Ainda os temos para lutar. E também a aposta de Meiyo. Falou Yuu.
- Que aposta é essa Meiyo? Perguntou Rei.
- Essa pode ser a nossa chave para a restauração do código. Falou Meiyo com alguma esperança em seus olhos.
- Então que essa chave venha e faça a liberdade surgir. Falou Gi.

O silêncio se abateu no local. Ambos já tinham falado o que tinha que ser dito. Até que um soldado desce e chama por Meiyo.

- Venha comigo. Kyosuke – Daisho pede sua presença.

Ele destrancou a cela e a tirou da prisão. Ela não tinha idéia do que Kyosuke queria, mas viu ali uma oportunidade de se libertar. Os dois andaram até o quarto de Kyosuke o guarda tirou suas algemas e a mandou entrar. Meiyo entrou e sentiu uma fragrância bem suave no local.

- Espero que goste de sais de banho. Um bom banho vai te deixar relaxada.

Meiyo olhou e viu que Kyosuke estava sentado em um sofá apenas a admirando, reparando em cada detalhe de seu corpo. Meiyo começou tirou a roupa e começou o seu banho, sobe olhares atentos de Kyosuke.

- Depois de terminar o seu banho. Pode escolher qualquer kimono daquele armário. Quero ver o quanto é bela. Falou Meiyo.

Meiyo entendeu o que Kyosuke queria. E era a hora de usar os seus poderes de sedução para achar a saída.

- Me responda uma coisa. Porque um Daisho como você quer se deitar com o inimigo? Perguntou Meiyo.
- Por que eu sei apreciar a beleza de uma mulher. E seria uma pena você morrer antes de pelo menos se deitar com um homem pela última vez. Respondeu Kyosuke.

- Então...

Meiyo saiu da banheira e foi em direção de Kyosuke.

- Que a sua vontade seja feita Kyosuke – Daisho. Falou Meiyo.
- Se enxuga antes. E se vista quero ver se você é uma perfeita gueixa. Falou Kyosuke.
- Como queira.

Meiyo se cobriu e foi em direção aos quimonos. Ela vestiu um preto e conseguiu esconder dentro dele uma pequena agulha de cabelo.

- Como estou? Perguntou Meiyo.
- Linda! Você é uma bela mulher. Venha. Falou Kyosuke.
- Como queira. Respondeu Meiyo.

Meiyo começou o seu jogo de sedução para cima de Kyosuke. E esperava uma brecha para poder atacar de uma vez. Os dois foram para a cama e ali continuaram. Meiyo tentava tirar a agulha do quimono, mas não tentava dar brechas para Kyosuke. Quando ela teve uma chance Kyosuke falou.

- Você podia ser a mais belas das gueixas, mas elas são uma coisa que você não é. Falou Kyosuke.
- O que é então? Perguntou Meiyo.
- Elas são mulheres de verdade e você é uma guerreira.

Kyosuke tirou a agulha da mão de Meiyo e a imobilizou. Já era a chance de Meiyo escapar.

- Uma verdadeira mulher sabe muito bem cortejar um homem: Sendo gentil, carinhosa, e suas mãos são realmente feitas para o amor. Já você: seu olhar demonstra o asseio por morte, e suas mãos são tão sujas de sangue como essa guerra. Falou Kyosuke.

Ele a amarrou em pé e tirou o quimono deixando à mostra a tatuagem com o kanji de honra em suas costas. Kyosuke tirou um chicote e começou a punir Meiyo.

- Vou fazer essa marca desaparecer de seu corpo.

Kyosuke começou a punir Meiyo que não soltava nem um grito de dor. Depois de bater um pouco Kyosuke olhou para Meiyo e disse.

- Seus olhos querem me matar loucamente. Mas isso é uma coisa que nunca vai conseguir. Você é a pior de todas as mulheres que eu já provei. Falou Kyosuke.

Meiyo começou a chorar. Kyosuke não sabia se era de raiva ou de humilhação. Por fim ele ordenou que os guardas a tirassem dali e a levassem de volta.

- Ela pode carregar a honra em suas costas, mas a confiança dela é totalmente frágil. Obrigado Higen por me dizer o ponto fraco de Meiyo.

Jogada na prisão de novo. Meiyo não parava de chorar.

- O que aconteceu? Perguntou Yuu.
- Nada me deixem em paz. Gritou Meiyo.
- Deixem-na. Kyosuke usou mais uma a favor dele o nosso ponto fraco.

Falando bem baixo. Meiyo em meio a lagrimas falava apenas uma coisa.

“Kyo, acabe com tudo isso.”

Menos Gi e Rei não tinham entendido o que Meiyo falava, mas Makoto e Yuu sim. Longe da fortaleza. Jin estava chegando ao esconderijo de Tozan. Ela corria sem parar e não olhava para trás. Quando chegou viu o monge sentado em cima da pedra observando algo.

- Bem vinda de volta Jin. Falou Tozan.
- Tozan – Sama. Aconteceu algo terrível os...
- Espere um instante e preste a atenção. Interrompeu Tozan.

Tozan olhava era o treinamento de Chuu e Kyo. E ficava realmente impressionado com Kyo, em tão pouco tempo ele estava lutando de igual para igual com Chuu. Nem parecia treino, os dois não estavam pegando leve um com o outro. Até que Kyo consegue acertar um golpe em Chuu que pede desistência.

- Realmente você está incrível Kyo. Falou Chuu.
- Você também. Finalmente conseguiu controlar os seus quatro estilos. Falou Kyo.
- Tudo isso graças a sua dica Kyo. Ahn? O que a Jin está fazendo aqui? Falou Yuu.

Os dois foram em direção a Tozan e Jin. Chegando lá Jin explicou tudo que tinha acontecido deixando Kyo e Chuu impressionados.

- Então Makoto realmente nos traiu. Falou Tozan.
- Por que Makoto faria isso ele não é um de vocês? Perguntou Kyo.
- Ele é uma pessoa realmente confusa. E se deixou levar pela conversa do inimigo. Explicou Tozan.
- Jin e o pessoal da pensão? Perguntou Makoto.
- Droga! Esqueci-me deles. Tenho que voltar e ajudar eles. Falou Jin.
- Eu vou com você. Mirae deve estar em perigo. Falou Kyo.
- Espere Kyo, você não vai. Chuu acompanhe Jin e ajude.
- Sim, Tozan – Sama.
- Não se preocupe Kyo. Traremos Mirae de volta.

Os dois foram em direção a pensão. Kyo não entendeu o motivo de Tozan não lhe deixado ir com eles.

- Por que eu não fui Tozan.
- Kyo. Precisamos conversar.
- Sobre o que?
- Na verdade o motivo de Makoto ter nos traído foi, que o inimigo achou o ponto fraco dos guerreiros e acabou usando isso a seu favor,
- Ponto Fraco?
- Cada guerreiro tem uma virtude. E tem que ser fiel a ela constantemente. Makoto é portador da virtude da sinceridade. E como a cabeça de Makoto já estava confusa, então resolveu deixar a sua virtude falar mais alto.
- Então cada um deles tem um ponto fraco?
- Isso. E você é o único que pode resgatar eles. Por que você não tem uma virtude. Você é o diferencial dos guerreiros. O ponto de equilíbrio do Bushido.
- Entendi.
- Agora que estamos nós dois aqui. Queria lhe ensinar uma técnica.
- E qual seria?
- As armas dos guerreiros do código. São feitas a partir de sua concentração de Zen. E você ainda não tem a sua. Está na hora de você forjar a sua arma.
- E como eu faço isso?
- Imagine a arma que você queira e a forje concentrando todo o seu Zen na palma de sua mão.
- Está bem.

Enquanto Tozan treinava Kyo. Jin e Chuu estavam chegando à pensão. Nada tinha acontecido até aquele momento. Os dois entraram na casa as pressas e alertaram a todos.

- Por favor, temos que sair daqui. Pedia Jin.
- O que aconteceu? Perguntou Mirae.
- Nossos irmãos foram capturados. Temos que sair, porque o império pode está chegando a qualquer momento. Falou Chuu.

Já era tarde demais. Eles já tinham chegado. Aikawa com um pequeno exercito estava lá fora procurando por Jin.

- Essa não eles chegaram. Falou Jin.
- Espere Jin. Deixe comigo. Falou Chuu.
- Mas Chuu...
- Você está cansada. Ajude Mirae a retirar todos daqui o quanto antes. Eu me encarrego deles.

Os soldados já estavam na porta da pensão quando Chuu saiu da pensão e foi em direção a Aikawa.

- Vocês estão destruindo tudo. É necessário fazer tudo isso? Perguntou Chuu.
- Quem é você? Perguntou Aikawa.
- Sou aquele que irá acabar com vocês aqui. Respondeu Chuu.
- Você é um dos guerreiros não é? Perguntou Aikawa.
- Meu nome é Chuu. E não vou deixar vocês saírem daqui vivos.
- Isso que veremos. Ataquem. Ordenou Aikawa.

Os soldados foram pra cima de Chuu quando eles chegaram bem perto. Chuu concentrou o Seu Zen e gritou a seguinte palavra.

- OSOI.

Chuu desviava de todos eles facilmente. Era uma técnica que aliava esquiva e velocidade, mas ele não atacava. Parecia que ele estudava cada um de seus adversários. Um a um. Depois disso ele gritou mais uma vez.

- KORYU.

Uma pequena kodachi¹. Saiu das mãos de Chuu e começava a atacar os seus openentes. Um a um eram derrotados facilmente. Ele usava os dois estilos de luta sem perder o seu controle. Vendo que estava começando a ficar em desvantagem. Aikawa aumentou o numero de soldados que estava dificultando um pouco a vida de Chuu. Até que ele ficou cercado por alguns deles. Quando isso aconteceu Chuu abandonou os seus dois estilos e ficou parado. Os soldados jogaram as suas armas para cima dele. Deixando ser atacado chegou uma hora que ele gritou novamente.

- RENKAKU.

Todos os ataques que ele tinha recebido tinha se transformado em uma grande energia. Que Chuu jogou contra seus inimigos acabando com vários inimigos de uma vez. Tinha sobrado poucos soldados e Aikawa resolveu entrar na luta também. Como Chuu estava cansado. Por ter usado três estilos de uma vez, os soldados tinham quase tudo sobre controle.
- Finalmente conseguimos acabar com ele. Vamos homens entrem na pensão e matem todos que estiverem lá. Ordenou Aikawa.

- Nãoooo. Gritou Chuu.

Os soldados entraram e começaram a eliminar todos os hospedes. Chuu estava imobilizado por alguns soldados. Seus olhos viam a morte de varias pessoas e ele não podia fazer nada. De repente seus olhos começaram a ficar vermelhos e numa explosão de Zen disse mais um estilo.

- HIDOI.

Os soldados que estavam imobilizando Chuu estavam mortos com uma explosão de fúria. Ele acabava com cada um deles sem pensar nas conseqüências.

- Essa não. Ele usou o Hidoi. Falou Jin.
- O que é isso? Perguntou Mirae.
- O Hidoi é o estilo que Chuu não tem como controlar. Ele perde o controle e ataca sem motivos. Só para quando todos que estiverem a volta dele morrerem.

Mirae ficou espantada com a explicação de Jin. Chuu não ia parar. Quando ele viu Aikawa na sua frente não teve pena. O segurou no alto e quando ele pedia para poupar a sua vida. Chuu a tirou de uma vez. Tudo tinha acabado e o que restava em sua volta era um mar de sangue. As duas se aproximaram dele cuidadosamente. De repente Chuu olha para elas e diz:

- Vocês estão bem?
- Sim. Você conseguiu controlar o Hidoi. Como? Perguntou Jin.
- Graças à Kyo. Respondeu Chuu.

Chuu se lembrou de uma parte do treinamento na qual ele tinha perdido o controle. Quando ele voltou ao normal Kyo fez uma pergunta?

- Chuu porque você sempre perde o controle quando usa o Hidoi?
- É uma força incondicional que fica dentro de mim pronta para sair não tem como eu controlar e acabo perdendo o controle. Explicou Chuu.
- Bem, essa força vem por qual motivo? Perguntou Kyo.
- Quando eu vejo alguém perdendo covardemente eu enlouqueço e acabo fazendo besteira.
- Bem então aí vai uma dica: Quando você sentir isso novamente jogue tudo isso contra o seu verdadeiro inimigo. Para não machucar os seus amigos.
- Controlar os meus instintos? Perguntou Chuu.
- Isso mesmo. Afirmou Kyo.
- E foi isso que ele me disse.
- Entendi. Que bom que você conseguiu controlar o Hidoi agora temos uma chance contra eles. Falou Jin.
- Isso mesmo. Falou Chuu.

- Agora a minha força se compara a sua. Juntos, vamos resgatar nossos irmãos. Obrigado Kyo. Falou Chuu consigo mesmo.

¹ - Kodachi - Espada pequena

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