Quarto capitulo de Tatakau no Yume.
- Nós sabemos que a fortaleza está muito bem protegida e que um ataque surpresa, não ia funcionar porque perderíamos nossos companheiros.
- E o que sugere então Meiyo?
- Vamos ser ninjas. Atacar sem ser percebido, esse é o único jeito de adentrar a fortaleza. Um ataque silencioso sem dar pistas para o inimigo.
- E quando faremos esse ataque Meiyo? Perguntou Yuu.
- Quando Jin voltar de sua missão.
- Missão? Que missão? Perguntou Jin
- Assim que Kyo acordar, leve – o para as montanhas e o deixe treinando com Tozan.
- Tem certeza de que ele vai servir para alguma coisa?
- Se ele sobreviveu a um ataque de zen de Yuu com certeza ele vai ser útil.
- Eu tenho que reconhecer. Foi muita coragem dele ter falado aquilo e ainda por cima ter sobrevivido. Concordou Yuu.
- Olha só. Agora está defendendo ele é? Perguntou Meiyo.
- Ele mostrou que é leal e quer nos ajudar. Agora se ele vai conseguir ou não isso é com ele mesmo.
- Bem, guerreiros isso é tudo. Após a volta de Jin das montanhas. Iremos resgatar nossos companheiros.
Depois da conversa ambos foram para os seus quartos e dormiram. Passaram-se dois dias desde a luta contra Yuu.E Kyo continuava dormindo, mas um barulho o fez acordar de seu sono.
- Desculpe Kyo- san. Acabei te acordando.
- Onde que eu estou mesmo?
- Você dormiu por dois dias. Que bom que acordou. Explicou Mirae.
- Parece que isso não é um sonho afinal.
- Se fosse um sonho não sentiria dor.
- Aí! Pra que você foi fazer isso? Resmungou Kyo.
- Pra te mostrar que não é sonho.
A brincadeira dos dois durou pouco. Quando uma pessoa bateu na porta. Mirae já sabia quem era pela voz. Mas Kyo soube logo pelo perfume que pairava pelo ambiente.
- Finalmente acordou! Nosso novo aliado parece estar recuperado.
Era Meiyo que desta vez usava um kimono branco. Seu andar e seu olhar realmente afetavam Kyo que se sentia de um jeito bem confortável.
- Mirae – san. Posso falar com Kyo?
- Sim, Meiyo – sama.
Mirae se curvou perante Meiyo e saiu. Um silêncio se bateu no local. Apenas uma troca de olhares entre os dois. Meiyo começou a andar e sentou em frente à Kyo que se sentia meio incomodado com a sua presença.
- Não se preocupe. Faz parte do meu poder. Qualquer pessoa que encontra comigo sente algo a mais. O que você sente? Atração ao olhar para mim.
- Isso mesmo. Falou Kyo um pouco envergonhado.
- É que eu sou uma Gueixa. E um dos meus poderes é controlar as mentes fracas dos humanos para satisfazer o meu prazer. Além claro de ser uma ninja.
- Uma Kunouchi não é?
- Isso mesmo. Enfim, você se acostuma rápido. Vamos ao que interessa. Sua tenacidade na luta contra Yuu foi incrível. Todos nos reconhecemos que você merece ser um dos nossos.
Kyo continuou serio sem expressar qualquer sentimento de gratidão ao elogio de Meiyo.
- Por que você não fala nada?
- Eu só não gosto que as pessoas que brinquem comigo, fiquem fazendo pouco de mim.
- Não se preocupe. Yuu tem aquele jeito dele, mas no fundo é uma boa pessoa. Bem agora se vista que você vai para as montanhas.
- Montanhas?
- Jin vai levar você até Tozan ele vai ajudar-lo a ter mais poder para nos ajudar.
- Mais poder?
- Para que você esteja em igualdade com a gente precisa de mais força. Jin está te esperando boa sorte e volte mais poderoso. Precisamos de você.
Meiyo saiu do quarto e deixou Kyo sozinho. Por um momento ele refletiu. Agora era útil para eles e que precisam de sua força. Ele levantou e vestiu as roupas que Mirae tinha deixado para ele e desceu as escadas. Ao andar pela pensão Kyo percebia que todos os olhavam de um jeito diferente do que há dois dias. Ele foi para cozinha comer algo e encontrou Mirae novamente.
- Por que todos me olham diferente?
- E que você agora é tratado com mais respeito. Depois da luta contra Yuu você foi reconhecido pelos guerreiros do código. Agora todos contam com você também.
- Até você?
Mirae ficou vermelha, mas conseguiu responder.
- Sim até eu. Você é importante para todos agora. Contamos com você. Coma e vá. Jin – sama espera por você.
Mirae se despediu de Kyo e o deixou sozinho na cozinha. Após o café, ele saiu e encontrou uma Jin um pouco ansiosa e apressada.
- Puxa! Finalmente. Tava almoçando também?
- Foi mal. É que eu tive uma conversa com Meiyo, e depois Mirae também conversou um pouco comigo. Sabe como são as mulheres.
-Não. Não Sei. Como que são as Mulheres? Indagou Jin em um tom de ameaça.
- Nada não. Bem, vamos lá! Hora de ganhar alguns poderes e entrar em cena.
Jin continuou com um olhar malvado para Kyo, mas seguiu em frente. Eles saíram da cidade e foram em direção à floresta. Passaram por lugares na qual a natureza estava se preparando para a primavera. Kyo estava gostando do clima e Jin de certa forma também apreciava, mas estava atenta a qualquer movimento. De repente Kyo parou.
- O que foi? Perguntou Jin.
- Para você.
- O que é isso?
Kyo colheu uma rosa e colocou na orelha de Jin.
- Para que isso? Perguntou Jin.
- Nunca vi você esbanjar um sorriso. Um sorriso como o seu é igual a essa flor. Aos poucos vai aparecendo. E eu tenho certeza que você tem um sorriso lindo.
- Eu não tenho tempo para isso. Eu fui incumbida dessa missão, que é trazer uma restauração do nosso código ao nosso país.
- E através da guerra vocês irão conseguir acabar com isso? Perguntou Kyo.
- É a única maneira de abrir os olhos do nosso povo. Assim eles irão ver que a herança dos nossos antepassados não foi esquecida. Coisa que o novo governo está tentando fazer.
- Bem se você acha que esse é o único caminho. Eu estou com vocês. Respondeu Kyo
- Por quê? Você acha que existe outro caminho. Perguntou Jin
Com um simples sorriso no rosto Kyo respondeu:
- Eu estava meio perdido com os meus ideais, mas eu finalmente achei uma coisa na qual eu terei prazer em lutar.
Uma brisa pairava pelo local que fez os cabelos compridos de Jin se esvoaçarem. Ela virou de costas e quando. Kyo pensou que ela ia continuar andando quando ela virou de costas e sorriu para Kyo.
- Vou concordar com Meiyo. Você realmente é uma pessoa interessante, ainda bem que o temos do nosso lado.
- Vamos realizar os nossos objetivos. E da próxima vez quero ver esse sorriso de novo. Respondeu Kyo.
- Vamos andando! Exclamou Jin.
- Me conte um pouco sobre o Chuu. E porque ele está com Tozan?
- Chuu é um dos nossos companheiros, mas tem dificuldades em controlar seu poder. Por isso está com Tozan.
- Em que sentindo ele tem dificuldades? Perguntou Kyo.
- Ele é uma boa pessoa. Só que os poderes dele são difíceis de serem controlados, por isso ele está com Tozan para poder controlar essa força.
- Entendi. E que tipo de poder é?
Jin respondeu:
- É a nossa principal arma para nossa guerra. Por isso ele é muito importante.
Depois de uma pequena conversa entre os dois a caminhada continuou. Ao passaram pela floresta e por uma pequena montanha até chegarem a uma ribanceira.
- Finalmente chegamos. Ao templo de Tozan.
- Legal gostei do lugar.
- Vamos descer.
Os dois desceram a pequena montanha e chegaram a um pequeno campo com uma casa e uma caverna ali perto. Os dois perceberam que não tinha ninguém por perto por isso, Kyo apontou para a caverna e Jin concordou com a cabeça e os dois entraram. Dentro da caverna eles começaram a ouvir vozes que pareciam ser rezas.
- É o mantra de Tozan ele está treinando Chuu.
- Chegamos na hora do treinamento...
Kyo não conseguiu completar a frase porque uma pessoa veio e o atacou por trás. Ele e Jin conseguiram desviar, mas sem êxito a pessoa continuava com o ataque.
- Pare Chuu!
Uma pessoa começava a sair da escuridão da caverna e falava palavras na qual Chuu ia se acalmando e voltando a si. Era um homem de cabelos longos que andava com um rosário em uma mão e na outra uma espécie de bastão.
- Calma. São seus companheiros. Não vão te fazer mal.
- Obrigado Tozan – Sama. Agradeceu Jin.
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